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O presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, minimizou a invasão de torcidas organizadas ao Parque São Jorge na tarde desta terça-feira, 3. Na visão do mandatário, a entrada forçada das organizadas no clube social foi para buscar diálogo.
O mandatário do clube alvinegro citou que, apesar da entrada truculenta, a conversa interna foi tranquila. "O que eu soube é que eles viriam para cá no momento em que chegaram aqui na porta do Sport Club Corinthians Paulista, na maior tranquilidade. E como eu disse, a gente tem que atender todos".
Para Stabile, a real invasão aconteceu no último sábado, quando Augusto Melo, presidente afastado, tentou retomar o poder. O interino ainda citou a importância de receber reivindicações de torcedores, da imprensa e de todos os "seguidores do Corinthians".
"Não é segunda invasão, nós tivemos uma invasão no sábado. Hoje eles vieram para conversar, trouxeram as reivindicações do que eles querem e nós estamos aqui para atender todos os seguidores do Corinthians, inclusive vocês da imprensa que estão aqui aguardando todo esse tempo, temos que estar à disposição. Quem quer ser presidente do Corinthians precisa saber que isso acontece normalmente", disse.
Imagens gravadas por funcionários, que estavam no prédio administrativo do clube, mostraram torcedores correndo e empurrando o portão principal. Um grupo de cinco seguranças tentou impedir a entrada da massa, mas não conseguiu.
Durante invasão de torcedores organizados ao Parque São Jorge, sede social do Corinthians, na tarde desta terça-feira, 3, uma grande faixa foi estendida no portão com a mensagem: “Luto, fechado por má administração”.
Os manifestantes alegam que o Corinthians vem sendo prejudicado por gestões incompetentes e omissas, que acumulam dívidas e afastam o clube de sua essência popular. Entre as principais reivindicações, destacam-se a alteração do estatuto para permitir que o programa Fiel Torcedor tenha direito a voto, além da punição de dirigentes responsáveis por problemas financeiros do clube. O protesto também rejeita a volta de grupos políticos que, segundo os organizadores, contribuíram para a crise administrativa do Timão.
Mesmo com procura do futebol internacional e sondagens de clubes do país, ex-volante decidiu dar sequência ao trabalho iniciado em equipe do interior paulista
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Paulinho, ex-volante do Corinthians e atual executivo de futebol do Mirassol, recusou uma proposta do Catar para seguir seu trabalho no clube paulista. Os árabes buscavam um profissional para atuar na captação de atletas e ampliar a visibilidade da liga local, mas o dirigente optou por permanecer no Brasil ao menos até o fim de 2025.
A permanência foi motivada pelo projeto em andamento no Mirassol, atualmente na zona de classificação para a Copa Sul-Americana. A equipe é uma das surpresas do Campeonato Brasileiro e ocupa a sétima colocação após as primeiras 15 rodadas da competição.
Promovido ao cargo de executivo em junho, Paulinho já havia recebido sondagens de outras instituições brasileiras, incluindo o Corinthians. Santos, Sport e até a CBF também demonstraram interesse no ex-jogador, que encerrou sua carreira profissional em 2024.
Em entrevista à rádio TS Mirassol, o ex-meio-campista detalhou as investidas. “Meu nome foi colocado na mesa para fazer parte da comissão do Ancelotti. Teve convite do Santos, do Sport, onde fizemos reuniões por videoconferência, e recebi uma proposta concreta”, afirmou.
Apesar das abordagens, Paulinho reforçou que não deseja interromper sua trajetória no clube neste momento. A direção do Mirassol já projeta novos objetivos, com a possibilidade de alcançar uma vaga internacional ainda nesta temporada.
Após lesão do camisa 9, o ataque da equipe paulista teve queda de produção e técnico já testou cinco formações diferentes
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O Corinthians não conta com Yuri Alberto desde o empate por 0 a 0 com o Atlético-MG, no dia 24 de maio, pela 10ª rodada do Brasileirão. O atacante sofreu fratura na vértebra L1 e está em fase final de recuperação. Desde então, o desempenho do time caiu de forma significativa no campeonato.
Nos seis jogos em que atuou como titular antes da lesão, Yuri participou de quatro vitórias, um empate e uma derrota, com média de 72,2% de aproveitamento. Sem ele, o Corinthians venceu apenas uma das seis partidas disputadas, registrando dois empates, três derrotas e apenas 27,7% de aproveitamento.
A queda ofensiva também chama atenção: o time marcou apenas três gols nas últimas seis partidas, contra nove nos seis jogos anteriores. Cinco desses gols foram marcados por Yuri. A ausência do artilheiro impactou diretamente o desempenho ofensivo da equipe de Dorival Júnior.
Na tentativa de ajustar o setor, o treinador testou cinco diferentes formações ofensivas. As combinações incluíram nomes como Romero, Memphis, Carrillo, Talles Magno, Héctor e Gui Negão. Algumas mudanças ocorreram por opção tática, outras por suspensões. A temporada de 2025 teve poucos jogos com o trio GYM.
Em entrevista após o clássico contra o São Paulo, Dorival comentou sobre a recuperação do camisa 9. “Não, ainda não (há previsão de volta). Ele já voltou, tem feito trabalhos, agora tem que respeitar os protocolos", afirmou. O Corinthians volta a campo nesta quarta-feira (23), contra o líder Cruzeiro, na Neo Química Arena.
Mesmo após novo depósito feito pelo clube paulista, valor cobrado ainda é contestado por dirigente do time do Centro-Oeste
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O Corinthians realizou um novo pagamento à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) como parte do acordo com seus credores. O clube depositou mais de R$ 656 mil, incluindo os R$ 150 mil já pagos anteriormente, valor definido como o mínimo exigido para a primeira parcela do plano.
Apesar do depósito, o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, afirmou que o clube ainda tem cerca de R$ 770 mil a receber nesta etapa. “Pelo visto, devem cumprir tudo, porque já pagaram boa parte”, disse ao UOL, mas deixou claro que aguarda o valor integral até o fim do prazo, nesta terça-feira (22).
Caso a diferença não seja quitada, o dirigente afirmou que o clube pode acionar novamente a CNRD. O risco é que o Corinthians seja punido com um transfer ban, o que o impediria de registrar novos jogadores até a regularização do pagamento.
A dívida em questão refere-se à compra de Raniele, concretizada em 2023, e soma R$ 18 milhões. O débito está incluído em um acordo maior, firmado com a CNRD, que totaliza R$ 76 milhões a serem pagos em 24 parcelas trimestrais até abril de 2031.
Os pagamentos foram iniciados em 17 de julho, e o acordo prevê tolerância de cinco dias em caso de atraso. O Corinthians ainda não confirmou se fará novo depósito complementar até o prazo final. O clube avalia que, com o valor já pago, a obrigação da primeira parcela foi cumprida.