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Após título, presidente do Corinthians deve ter mês conturbado

Após assumir a presidência há 14 meses, Augusto Melo finalmente conseguiu entregar um troféu ao clube no futebol profissional masculino

O presidente tem enfrentado críticas intensas, pressões externas e um processo de impeachment - Foto: Reprodução
O presidente tem enfrentado críticas intensas, pressões externas e um processo de impeachment - Foto: Reprodução

01 Abr 2025 | 07:14 |

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A conquista do Campeonato Paulista pelo Corinthians, na última quinta-feira, também simboliza um marco pessoal para o presidente do clube, Augusto Melo. Após assumir a presidência há 14 meses, Melo finalmente conseguiu entregar um troféu ao clube no futebol profissional masculino, algo que não acontecia desde 2019. Retornar ao caminho das vitórias era uma das promessas feitas pelo presidente durante sua campanha.


No entanto, o momento de celebração vem acompanhado de desafios. O presidente tem enfrentado críticas intensas, pressões externas e um processo de impeachment que já se arrasta há meses, mas a vitória no estadual fortalece sua posição na gestão do clube.


A partir de abril, o Conselho de Orientação (CORI) e o Conselho Deliberativo farão uma análise detalhada das finanças do primeiro ano de sua gestão. Embora os números ainda não sejam favoráveis, com aumento da dívida e déficit nas contas, o presidente tenta manter sua posição enquanto se prepara para novos desafios.


Em caso de reprovação do balanço financeiro, Augusto Melo pode enfrentar um novo processo de destituição. Além disso, as investigações sobre o programa de sócio-torcedor do Corinthians, com acusações de cambismo e irregularidades, aumentaram as cobranças internas, vindo de conselheiros, sócios e torcedores. A investigação da Polícia Civil sobre a intermediação do contrato de patrocínio com a VaideBet também continua. Nas próximas semanas, espera-se que o presidente seja chamado para prestar depoimento sobre o caso.

Embora a política interna do clube tenha sido um dos pontos de maior contestação, as vitórias dentro de campo, como o título paulista, são vistas como fatores determinantes para o fortalecimento ou enfraquecimento político de Melo. Ao ser questionado sobre o impacto da vitória no cenário político, o presidente declarou que não se preocupa com os bastidores e enfatizou que a conquista é fruto do trabalho político e da dedicação da sua gestão.


"Este é o resultado do nosso trabalho. Não busco pensar em política, mas sim no Corinthians. Sou corintiano e, desde o momento que me candidatei à presidência, dedico 100% de mim a este trabalho. O elenco está unido, o CT melhorou, e a estrutura do clube está sendo cada vez mais profissionalizada. Os jogadores e funcionários reconhecem esse esforço", afirmou.

O processo de impeachment de Augusto Melo foi aprovado pelo Conselho do Corinthians em janeiro, mas ainda não há uma definição sobre quando será votada a destituição. Caso o impeachment seja aprovado, ele será afastado temporariamente até que os sócios decidam em assembleia se ratificam ou não a decisão.


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Problemas políticos atrapalham em campo? Atletas do Corinthians comentam: "Influencia"

A temporada de 2025 do Timão, tem sido marcada por diversos problemas externos no Parque São Jorge, além das graves situações financeiras

A temporada de 2025 do Corinthians, tem sido marcada por graves crises institucionais - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
A temporada de 2025 do Corinthians, tem sido marcada por graves crises institucionais - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

27 Out 2025 | 11:40 |

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No último final de semana, o Corinthians conquistou mais um importante resultado dentro do Campeonato Brasileiro, ao derrotar o Vitória no Estádio do Barradão e chegar a segunda vitória consecutiva na competição de pontos corridos. Em um ano completamente conturbado pela crise que assola o clube do Parque São Jorge, os jogadores do Timão revelaram se o extracampo atrapalha dentro das quatro linhas.


Problemas políticos atrapalham em campo? Atletas do Corinthians comentam


Em contato realizado pelo portal 'UOL Esporte', alguns jogadores comentaram se a política conturbada do Corinthians vem atrapalhando o desempenho da equipe dentro de campo, onde o Timão se encontra na parte intermediária do Campeonato Brasileiro, porém, está nas semifinais da Copa do Brasil.


Problemas políticos atrapalham em campo? Atletas do Corinthians comentam: "O tema político não é desculpa para nós."

André Carrillo: "Para mim, não interfere em nada porque dentro do campo somos nós que decidimos. É claro que sempre aparecem só notícias ruins do clube nas redes sociais, mas um clube com a grandeza que tem não pode viver esses momentos. Poderia estar um pouquinho mais estável, mas o tema político não é desculpa para nós."


Matheuzinho: "É uma situação difícil. Todo dia aparece uma notícia ruim do Corinthians, a torcida começa a se desgastar, isso influencia no jogo. Entre nós, isso não pode exercer tanta influência porque estamos focados no futebol. Fizemos um combinado que tudo que sai do alcance do futebol não cabe a nós nos preocupar, mas é chato. Esperamos que as coisas melhorem."

Breno Bidon: "As pessoas vêm falar de política fora do clube com a gente, mas temos que deixar para lá porque isso não é com a gente. Estamos lá para trazer vitórias e precisamos deixar isso de canto. Acredito que sim [polêmicas aumentam cobrança], a torcida não gosta de perder, a gente também não, mas algumas derrotas são bem doloridas pelo o que acontece fora, mas acredito que sabemos lidar com isso."


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25 de outubro: Dia da Democracia Corinthiana

Data foi marcada por movimento encabeçado por jogadores do Timão nos anos 80 no período da Ditadura Militar ocorrida no Brasil

Nos anos 1980, jogadores do Corinthians decidiram juntos os rumos do clube, criando a Democracia Corinthiana - Foto: Reprodução
Nos anos 1980, jogadores do Corinthians decidiram juntos os rumos do clube, criando a Democracia Corinthiana - Foto: Reprodução

25 Out 2025 | 15:48 |

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A Democracia Corinthiana foi um movimento histórico que marcou o futebol brasileiro na década de 1980, tendo como palco o  Corinthians. Ela surgiu em meio ao regime militar vigente no Brasil desde 1964, e teve como protagonistas jogadores politicamente engajados, como Sócrates, Wladimir e Casagrande. A iniciativa ganhou força em 1982, quando Waldemar Pires assumiu a presidência do clube e promoveu maior diálogo entre diretoria e atletas.


Jogadores do Corinthians desejavam participação democrática


O modelo adotado permitia que decisões internas fossem tomadas por meio de votação entre os membros do elenco profissional. Questões como horários de treino, concentração e logística eram definidas coletivamente, rompendo com a estrutura hierárquica tradicional do futebol. Essa prática inovadora refletia o desejo por participação democrática e liberdade de expressão, valores que se conectavam com os anseios da sociedade brasileira naquele período.


Democracia Corinthiana era contra governo da época no Brasil

Além das mudanças administrativas, o Corinthians passou a utilizar o uniforme como ferramenta de manifestação política. Em partidas oficiais, os jogadores exibiam frases como “Diretas Já”, apoiando o movimento nacional pela retomada das eleições diretas para presidente. A atitude do clube ganhou repercussão nacional e internacional, tornando-se símbolo de resistência e engajamento social.


Nesse período, Timão conquistou títulos

O movimento teve seu auge entre 1982 e 1984, período em que o clube conquistou o Campeonato Paulista em duas ocasiões: 1982 e 1983. A Democracia Corinthiana começou a perder força com a saída de Casagrande para o São Paulo e a transferência de Sócrates para a Fiorentina, na Itália. Ainda assim, o legado permaneceu como referência de participação ativa dos atletas na gestão esportiva e como exemplo de envolvimento político no esporte.

Documentário reconhecido pela FIFA

Em 2025, o documentário “Democracia em Preto e Brancofoi incluído no catálogo da FIFA+, destacando a relevância do movimento e sua contribuição para a luta pela redemocratização do Brasil.



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Saiba como foi a reunião do Corinthians com a Ernst & Young (EY)

Empresa foi contratada na gestão de Augusto Melo, mas relatório só saiu em outubro de 2025 devido ao pagamento da atual administração

Ernest & Young aponta contratos ruins no Corinthians e sugere recuperação judicial para evitar crise e reestruturar dívidas - Foto: Reprodução
Ernest & Young aponta contratos ruins no Corinthians e sugere recuperação judicial para evitar crise e reestruturar dívidas - Foto: Reprodução

24 Out 2025 | 08:34 |

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A consultoria Ernst & Young (EY) apresentou ao Corinthians um relatório detalhado sobre a situação financeira e contratual do clube. O documento, encomendado pela gestão anterior, foi entregue à atual diretoria após o pagamento pendente ser regularizado. A análise revelou uma dívida total de aproximadamente R$ 2,7 bilhões, com destaque para cláusulas contratuais consideradas prejudiciais à saúde econômica da instituição.


Recuperação judicial foi uma sugestão da Ernst & Young (EY)


Durante a reunião realizada no Parque São Jorge, os especialistas da EY sugeriram alternativas para enfrentar o cenário adverso. Entre as propostas, está a adesão ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), já em curso, que concentra mais de R$ 367 milhões em débitos, dos quais R$ 190 milhões estão em fase de execução judicial. Além disso, a consultoria apontou a possibilidade de recuperação judicial como uma medida viável para reestruturar compromissos financeiros e preservar a continuidade das atividades.


Dívidas do Corinthians poderiam diminuir

O estudo identificou oito frentes de atuação com potencial de gerar economia e aumento de receitas, estimando uma melhoria de R$ 84 milhões anuais. Caso essas medidas sejam implementadas, a relação entre dívida e geração de caixa poderia ser reduzida de 12 para 7, o que representaria um avanço significativo na gestão orçamentária.


Transfer Ban já era especulado

A consultoria também alertou que, com base no perfil dos compromissos assumidos, o Corinthians corria risco de inadimplência a partir de setembro de 2024, o que poderia acarretar sanções como o transfer ban. A recomendação de considerar a recuperação judicial surge como uma tentativa de evitar consequências mais severas e garantir maior controle sobre os passivos.

‘GE’ apurou a reunião do alvinegro com a empresa

O relatório não foi divulgado integralmente, mas suas conclusões reforçam a necessidade de revisão contratual e adoção de estratégias que assegurem sustentabilidade financeira. A diretoria atual avalia os caminhos indicados para definir os próximos passos diante do quadro apresentado.



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