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11 Fev 2025 | 16:47 |
Em meio ao processo de impeachment, o Presidente Augusto Melo, tem sido convidado presente em muitos programas e podcasts para relatar o que vem acontecendo dentro do Corinthians, dessa vez, o mandatário do Timão esteve no programa Arena SBT, apresentado por Benjamin Back, e dentre muitos assuntos, o Presidente comentou ameaças sofridas por ele e sua família e negou que tenha crime organizado em sua gestão.
Augusto Melo revela ameaças sofridas e nega crime organizado no clube
"A gente teve uma campanha muito difícil. Eu e minha família fomos ameaçados. Tive que andar de carro blindado, coisa que eu nunca fiz. As ameaças foram fortes demais, usamos coletes à prova de balas. Ao ponto de ter que esconder minha filha. Não poder sair. Minha filha, que me incentivou a ser candidato a presidente, chegou no meu gabinete, e disse: "você é meu pai, não presidente do Corinthians, você não precisa disso". Isso me deu vontade de ir embora."
"Eu estou há 40 e poucos anos no Corinthians, quase 45; nunca teve isso (crime organizado no clube). Aliás, sim, na gestão passada existiram algumas falas, um depoimento; não é na nossa gestão. Se existe algo nesse sentido, tem que investigar o passado. Quanto a nós (situação), estamos limpos. Acabou de ter uma declaração do promotor que investiga esses casos e ele mesmo declarou que, hoje, no Corinthians, não existe nenhum tipo de crime organizado."
Processo de impeachment
No dia 20 de janeiro deste ano, aconteceu a reunião para votar o impeachment do Presidente Augusto Melo, na qual durou mais de quatro horas e houve muita confusão por parte dos conselheiros do Corinthians. O Conselho Deliberativo do Timão ainda não definiu uma nova data para definir o afastamento ou não do cartola na direção do clube do Parque São Jorge.
Enquanto a nova data não é marcada, o embate entre Augusto Melo e Romeu Tuma Jr continua quente nos bastidores com troca de farpas na imprensa. O mandatário do Corinthians segue sendo convidado para programas e podcasts, onde o mesmo dá a sua versão dos fatos que tem acontecido no clube.
Pendência financeira do alvinegro paulista está na casa dos bilhões somando ainda punições da FIFA, do CAS e cobranças de clubes e jogadores
10 Out 2025 | 17:01 |
O Corinthians divulgou, nesta sexta (10), o balancete referente ao mês de julho, revelando que a dívida total do clube atingiu R$ 2,706 bilhões. O valor representa um aumento superior a R$ 100 milhões em relação ao final de 2024, quando o montante era de R$ 2,568 bilhões.
Desse total, R$ 2,055 bilhões correspondem a obrigações como impostos, empréstimos e pendências contratuais. Os outros R$ 655 milhões estão relacionados ao financiamento da Neo Química Arena.
O documento também aponta um déficit acumulado de R$ 103 milhões no exercício de 2025. A previsão revisada, aprovada pelo Conselho Deliberativo, estima que o clube encerrará o ano com prejuízo de R$ 83 milhões. A gestão anterior, liderada por Augusto Melo, havia projetado superávit de R$ 34 milhões.
A revisão orçamentária foi conduzida por Osmar Stábile e membros da diretoria financeira, após identificarem divergências nos números previstos. Uma das principais diferenças está na receita com vendas de atletas: a antiga previsão era de R$ 180,5 milhões, enquanto a atual estima R$ 73,6 milhões, uma redução de 59,2%.
As despesas com pessoal também sofreram reajuste. O clube esperava gastar R$ 345,8 milhões, mas a nova estimativa aponta R$ 492,7 milhões, aumento de 42,5%. O departamento de futebol apresentou superávit de R$ 13 milhões até julho, enquanto o clube social registrou déficit de R$ 26,5 milhões.
A dívida com a Caixa Econômica Federal pela Arena em Itaquera teve leve queda, passando de R$ 675,2 milhões para R$ 655,3 milhões, graças à amortização de juros promovida por campanhas da torcida organizada Gaviões da Fiel.
O Corinthians também enfrenta sanções da FIFA, incluindo transfer ban, devido a pendências financeiras com clubes como o Santos Laguna, totalizando mais de R$ 120 milhões em condenações.
Torcida não quer esperar que decisão do clube demore e seja prorrogada para depois das eleições que acontecerão no fim de 2026
09 Out 2025 | 12:21 |
Lideranças da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, intensificaram cobranças à diretoria do clube em relação ao andamento das investigações sobre supostos gastos indevidos nas gestões de Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.
Representantes do grupo entraram em contato com o presidente Osmar Stabile e com o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, exigindo transparência e agilidade nos processos em curso.
As apurações estão sendo conduzidas pela Comissão de Justiça do Corinthians e pelo Ministério Público de São Paulo, sob responsabilidade do promotor Cassio Roberto Conserino. A Gaviões da Fiel deixou claro que acompanha de perto os desdobramentos e não aceitará que o tema seja adiado para depois das eleições presidenciais do clube, previstas para o fim de 2026.
No caso da gestão de Andrés Sanchez, ocorrida entre 2018 e 2020, foram identificadas cerca de 50 despesas suspeitas, totalizando R$ 190.523,54. Os gastos incluem compras em hospitais, clínicas, farmácias, lojas de móveis e eletrônicos, além de serviços de táxi aéreo e centros automotivos.
A Comissão de Justiça convocou ex-diretores responsáveis pela fiscalização do uso dos cartões corporativos para prestar esclarecimentos. Sanchez em nota oficial, alegou que valores foram uma espécie de “benefício institucional”.
O Ministério Público solicitou ao Corinthians, entre os dias 26 e 29 de setembro, documentos e justificativas sobre as aquisições realizadas durante o segundo mandato de Andrés. O prazo estipulado para envio das informações foi de dez dias corridos.
Em relação à gestão de Duilio Monteiro Alves, o promotor também investiga despesas que somam aproximadamente R$ 86 mil, incluindo itens como bebidas, cigarros e medicamentos. Duilio nega reconhecer essas faturas e entrou com pedido de habeas corpus, alegando constrangimento ilegal, mas teve a solicitação negada. Ele também registrou notícia-crime para apurar possíveis documentos falsos.
Em mais um caso de falta de pagamento, o clube do Parque São Jorge terá diminuição dos valores em mais de R$ 20 milhões recebidos pela liga
08 Out 2025 | 12:42 |
O Corinthians não realizou o pagamento de um empréstimo de R$ 150 milhões obtido junto à Liga Forte União (LFU), entidade que reúne clubes brasileiros em torno de negociações comerciais e direitos de transmissão. O valor, originalmente acordado para ser quitado em setembro de 2025, será abatido com acréscimos de juros e correções monetárias no repasse futuro da liga ao clube.
O montante foi antecipado como parte do acordo firmado entre o Corinthians e a LFU, que prevê distribuição de receitas oriundas de contratos de mídia e patrocínios. Como o clube não efetuou o pagamento dentro do prazo estipulado, a liga aplicará os encargos previstos em contrato e deduzirá o valor diretamente das parcelas que o time paulista tem direito a receber. Será cerca de R$ 30 milhões por ano que o alvinegro deixará de receber até o término do vínculo que é 2029.
A medida não representa punição, mas sim cumprimento das cláusulas contratuais previamente estabelecidas. O Corinthians, assim como outras equipes participantes da Liga, tem acesso a adiantamentos financeiros mediante compromissos de devolução com correção. A inadimplência ativa o mecanismo de compensação automática, sem necessidade de intervenção judicial.
A LFU, formada por clubes como Fortaleza, Athletico-PR, Cruzeiro, Internacional e outros, tem como objetivo fortalecer a gestão coletiva do futebol nacional. O Corinthians aderiu à entidade, buscando maior autonomia na negociação de direitos comerciais e maior previsibilidade financeira.
O clube alvinegro enfrenta dificuldades econômicas desde o início da temporada, acumulando dívidas com fornecedores, atletas e instituições financeiras. A diretoria, liderada por Osmar Stabile, tenta reorganizar as finanças e renegociar compromissos para evitar mais sanções.
A dedução do valor do empréstimo será realizada nos próximos repasses da LFU, respeitando os termos acordados. O Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o impacto financeiro.
Vale lembrar que o clube aguardava o repasse desses valores do fim do ano para pagar a dívida com o Santos Laguna que fez gerar o transfer ban imposto pela FIFA em decorrência da negociação de Félix Torres.