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A denúncia do Ministério Público de São Paulo contra Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, ganhou novos contornos após um parecer técnico elaborado pelo ex-delegado da Polícia Federal Anderson Souza Daura. O documento aponta falhas graves na condução da investigação e questiona a legalidade das provas utilizadas para fundamentar o indiciamento do dirigente no caso VaideBet.
Segundo Daura, diversos relatórios de inteligência financeira foram solicitados ao COAF sem autorização judicial, o que contraria a jurisprudência vigente e fere o direito à privacidade. Essa prática, considerada irregular, comprometeria a validade dos documentos que embasaram o relatório final da Polícia Civil. Além disso, o parecer destaca que os elementos apresentados não configuram furto qualificado, como alegado, mas poderiam, no máximo, ser enquadrados como estelionato, cuja punição depende de representação das vítimas, já fora do prazo legal.
Outro ponto levantado é a ausência de prejuízo direto aos supostos intermediários envolvidos, que declararam não ter interesse em medidas judiciais. Isso reforça a tese de que não houve dolo ou abuso de confiança por parte de Melo, como sustentado pelo MP. A defesa do presidente corintiano também critica a denúncia por falta de clareza e cronologia, dificultando o exercício pleno do contraditório.
O advogado de Augusto Melo, José Eduardo Cardozo, em entrevista já havia comentado que existia pontos dentro do inquérito dos quais em sua opinião, eram contraditórios. Além disso, o presidente afastado do alvinegro pediu a quebra de sigilo no caso por alegar não dever nada a ninguém.
A repercussão do caso tem sido intensa, especialmente entre torcedores e conselheiros do clube. Nas redes sociais, a Gaviões da Fiel e outros grupos organizados manifestaram indignação com o que consideram uma tentativa de criminalização sem provas concretas. A associação do nome de Melo ao crime organizado, por meio de supostos vínculos com o PCC, também é vista como uma manobra midiática para gerar comoção pública.
Com o parecer técnico em mãos, a defesa de Augusto Melo pretende contestar a denúncia e solicitar o arquivamento do processo. A decisão agora está nas mãos da Justiça, que deverá avaliar se os indícios apresentados são suficientes para transformar o dirigente em réu. Enquanto isso, o Corinthians segue em meio a turbulências políticas e jurídicas que colocam em xeque sua estabilidade institucional.
Timão e mais sete equipes da Série A estão engajadas na campanha que tem parceria com duas empresas presentes no esporte nacional
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Neste domingo, oito clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, incluindo o Corinthians, vão realizar uma ação conjunta de comunicação em parceria com a Brahma e Zé Delivery. A iniciativa será apresentada antes dos jogos da 13ª rodada de hoje e tem como objetivo “mudar o futebol brasileiro”, promovendo maior engajamento entre torcedores e clubes.
A campanha será veiculada simultaneamente nas redes sociais dos clubes participantes e também nos telões dos estádios. A ideia é de que o alvinegro e mais sete clubes da Série A do futebol brasileiro estejam participando. O anúncio será feito na Rede Globo, empresa que detém os direitos de transmitir aos jogos do campeonato.
O projeto vai de encontro a parceria da Brahma que anunciou a Sociedade Anônima da Brahma (S.A.B) com o Zé Delivery recentemente. Eles lançaram uma carteira digital onde a cada compra da cerveja em questão pelo aplicativo, o cliente consegue reverter 10% do valor para o time escolhido por ele.
O Corinthians tem parceria com as duas empresas desde 2023 com contrato sendo finalizado no fim de 2025. No acordo existe diversas ativações além do app ter sua marca estampada nas camisas de treino. A Brahma possui um camarote na Neo Química Arena e na volta do Brasileirão, os ingressos para ele estão entre 400 a 800 reais.
O Corinthians, que enfrenta o Red Bull Bragantino na Neo Química Arena às 18h30, será um dos protagonistas da ação. Mesmo enfrentando desafios internos, como dívidas e cobranças públicas de atletas, o clube aposta em iniciativas que reforcem seu papel institucional e social. Ceará, Flamengo, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Santos, Vitória além do Corinthians são os prováveis times envolvidos nessa campanha que promete mudar o futebol brasileiro, A ação acontecerá a partir das 18h e como os times envolvidos disseram, no centro do campo em todo o Brasil
Tecnologia de acesso por biometria da face será implantada com promessa de segurança, rapidez e modernização no estádio do Timão
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A partir deste domingo, 13 de julho, a Neo Química Arena implementa o sistema de reconhecimento facial para acesso dos torcedores, alinhando-se à Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), que exige essa tecnologia em estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas. A expectativa do Corinthians é que cada liberação de entrada seja realizada em até três segundos, superando a agilidade do tradicional QR Code.
Para utilizar o novo sistema, os torcedores devem cadastrar sua biometria facial no site do Fiel Torcedor. A compra de ingressos estará vinculada ao rosto do titular do CPF cadastrado, e bilhetes impressos ou cartões tradicionais não serão mais aceitos. A partir das 19h deste sábado, 12 de julho, a comercialização de ingressos será encerrada para consolidar o banco de dados com os cadastros de todos os compradores.
No dia da estreia da tecnologia, o clube mobilizará 130 funcionários, o dobro do número habitual, para auxiliar na resolução de eventuais problemas nos acessos. Os portões da arena serão abertos às 17h, e o Corinthians recomenda que os torcedores cheguem com antecedência para facilitar o processo de entrada.
O sistema de reconhecimento facial funcionará por meio de tablets acoplados às catracas, nos quais os torcedores deverão se posicionar em frente à tela. Uma marcação no chão indicará a distância correta. O rosto será comparado com a imagem cadastrada, e uma luz azul indicará a liberação da passagem, enquanto uma luz vermelha sinalizará erro no processo.
Essa inovação visa proporcionar maior segurança e agilidade no acesso aos jogos, além de atender às exigências legais. Com a implementação bem-sucedida do sistema, a Neo Química Arena se posiciona na vanguarda da modernização dos estádios brasileiros.
Ex-presidente do Timão teria se confundido com gastos pessoais alegando que tanto ele quanto o clube usam o mesmo banco; pagou com correção monetária
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O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, está novamente no centro das atenções após admitir o uso indevido do cartão corporativo do clube durante sua gestão. Segundo o jornalista Marco Bello, Sánchez efetuou o reembolso de R$ 15 mil aos cofres alvinegros, valor que cobre os gastos pessoais realizados em dezembro de 2020, além de correções monetárias.
A fatura, inicialmente revelada por um perfil satírico nas redes sociais, apontava despesas em hotéis, salões de beleza e produtos da Apple, todos pagos com o cartão destinado exclusivamente a compromissos institucionais. Andrés confirmou a veracidade das informações e alegou ter confundido os cartões por utilizar o mesmo banco que o Corinthians, o Santander. Ele também afirmou que não foi alertado pelo setor financeiro sobre o erro na época.
O episódio gerou forte repercussão entre conselheiros e torcedores. A Gaviões da Fiel, principal organizada do Corinthians, divulgou nota exigindo providências imediatas e cobrando transparência na apuração dos fatos. O Conselho de Orientação (Cori) incluiu o caso na pauta da reunião marcada para segunda-feira (14), onde será discutida a possível expulsão de Sánchez do quadro associativo.
Além disso, o Cori pretende analisar faturas de cartões utilizados por outros ex-presidentes, como Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, ampliando a investigação sobre práticas administrativas recentes. A movimentação ocorre em meio a uma crise política interna, com Andrés tentando retomar influência nos bastidores ao apoiar possíveis candidaturas em caso de mudanças na diretoria. Vale lembrar que Sanchez e Osmar Stábile são rivais políticos.
Sánchez presidiu o Corinthians entre 2007 e 2011, e novamente de 2018 a 2020. Atualmente, ocupa posição vitalícia no Conselho de Orientação, órgão responsável por fiscalizar a gestão do clube. Apesar do ressarcimento, o episódio levanta questionamentos sobre a governança e o controle de gastos na instituição, reforçando a necessidade de maior rigor na fiscalização de recursos e condutas administrativas.